Política

Prefeitura de Nova Mutum recorre de decisão e diz que não deve pagar por cirurgia de criança

Prefeitura de Nova Mutum (264 km ao norte de Cuiabá) ingressou com recurso no Tribunal de Justiça para não cumprir liminar que determina o pagamento de 50% de cirurgia cardiológica, em São Paulo, para criança com síndrome de Down. Município alegou que é dever do Estado pagar os R$ 95 mil sozinho pelo procedimento.

Liminar concedida pela juíza da 2ª Vara de Nova Mutum, Luciana de Souza Moretti, determina que o pagamento do procedimento seja divido em partes iguais ao Executivo estadual e municipal. Estado já cumpriu a decisão e pagamento de R$ 47.500.

Prefeitura, porém, alegou no recurso que a liminar não deve "prosperar", pois não seria responsabilidade do Município pagar o procedimento que a criança necessita, uma vez que apresentaria "oneração inexigível" aos cofres públicos. Executivo municipal disse ainda que o alto custo e complexidade do assunto não são de responsabilidade da prefeitura, mas, sim, do Estado e União.

"Requer a Agravante que os efeitos da Decisão proferida ao ID 106265904 sejam suspensos para que não haja prejuízo imediato à defesa da parte ré, conforme artigo 1019, inciso I do Código de Processo Civil de 2015, pois o andamento do processo antes do julgamento deste poderá prejudicar e tornar ineficaz o resultado de eventual deferimento deste recurso e proporcionar a prática de atos processuais desnecessários", cita a prefeitura.

Cirurgia 

Menina com síndrome de Down foi diagnosticada com insuficiência cardíaca, por ter cardiopatia congênita, com risco de evolução para hipertensão arterial pulmonar - doença irreversível e com risco de morte.

No documento consta informação da médica cardiologista da criança, dizendo que a cirurgia deve ser realizada ainda neste ano, uma vez que pode acarretar graves consequências à saúde da paciente.

Outro lado

Gazeta Digital entrou em contato com a prefeitura de Nova Mutum, mas até a publicação da matéria não houve retorno sobre a demanda. Espaço segue aberto para manifestação.