Política

Fávaro diz que disputa o Governo de MT se tiver apoio de Lula

O atual ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), afirmou, que aceitaria disputar o Governo de Mato Grosso, em 2026, em uma chapa alinhada com o Partido dos Trabalhadores (PT), ou seja, com apoio direto do presidente Lula.

Em visita recente a Mato Grosso, o ministro da Agricultura do Governo Lula disse que sua pretensão é de reeleição no Senado, mas avaliou que o projeto para Governo do Estado pode sim ocorrer.

Fávaro, que é líder do PSD em Mato Grosso, condicionou seu futuro ao PT e disse que o partido ainda não acertou sua candidatura ao cargo de governador, mas pontuou que “é uma possibilidade”.

“Eu gostaria muito de ser candidato à reeleição no Senado, mas se o projeto para o estado de Mato Grosso for disputar o Governo eu disputo com muita tranquilidade, com muita felicidade”, contou.

Questionado se existe uma ala no PT agindo para retirá-lo do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Fávaro disse apenas que não tem conhecimento. “Não tenho certeza se são ciúmes ou se é só retórica. Vamos trabalhar, vou ficar olhando para isso não”, ressalta.

Histórico e contradições 

Fávaro foi eleito, em 2020, em um pleito fora de época ao Senado Federal, que foi necessário após uma contraversa investida jurídica de sua parte, que culminou na cassação de Selma Arruda.

Meses antes da disputa, contudo,  Fávaro conseguiu entrar temporariamente no cargo de senador, após um aval inédito de um ministro do STF a alguém que tinha perdido nas urnas, como foi seu caso, em 2018.

Na disputa extemporânea, Fávaro se vendeu como alguém alinhado e que tinha o apoio do então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Diante do contexto formado, mudou completamente seu posicionamento e fechou com Lula (PT) para 2022, conseguindo chegar à condição de ministro.

No segundo turno do pleito presidencial de 2022, Bolsonaro conseguiu mais de 65% dos votos válidos de Mato Grosso, enquanto Lula marcou pouco menos de 35%, confirmando o estado como majoritariamente apoiador da direita.

Essa condição, por mais que seja afetada com o Governo de Lula, deve dificultar tanto a reeleição como também a eventual busca pelo Palácio Paiaguás, por parte de Fávaro.