Política

Ex-secretário de Mauro defende consórcio após auditoria da CGE em contrato de R$ 533 milhões

Foto: Olhar Direto

Para resolver graves denúncias de irregularidades em um contrato de R$ 533 milhões com o governo de Mato Grosso, o Consórcio Rio Verde, de São Paulo, que administra o Ganha Tempo em Mato Grosso, adotou uma estratégia caseira: contratou o escritório do advogado Pascoal Santullo Neto, de Cuiabá-MT, um mês depois de a Controladoria-geral do Estado (CGE) determinar a abertura de uma auditoria para apurar irregularidades na contratação.

Pascoal Santullo é ex-sócio do governador Mauro Mendes (DEM) e foi secretário de Fazenda de Cuiabá na gestão do democrata como prefeito da capital.

O mesmo contrato também foi alvo de representação instaurada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Documentos obtidos pelo Isso É Notícia mostram que a Auditoria 00025/2019 da CGE-MT foi instaurada em maio de 2019, cinco meses após a posse de Mauro Mendes como governador, a pedido do secretário de Estado de Planejamento, Basílio Bezerra Guimarães dos Santos.

Menos de um mês depois, no dia 10 de junho de 2019, o escritório "Paez Junqueira e Del Rio", de São Caetano do Sul (SP),  peticionou em um dos processos abertos um substabelecimento sem reserva de direitos ao escritório "Silva Cruz & Santullo Advogados Associados", de propriedade de Pascoal Santullo. O próprio Pascoal é citado na petição de substabelecimento.

Em setembro do ano passado, a CGE divulgou relatório apontando fraude de R$ 6 milhões e a Polícia Civil deflagou operação contra o consórcio.

Em maio deste ano, o secretário de Planejamento, Basílio Guimarães aplicou a "pena" de "advertência por escrito" ao consórcio após constatada a inexecução do contrato(Atualizada às 15h45 para correção de informações)

Confira documentos que mostram contratação de ex-secretário de Mauro Mendes para representar Consórcio Rio Verde Ganha Tempo:

substabelecimento Pascoal

 

substabelecimento Pascoal