O desembargador Rondon Bassil Dower Filho, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, negou o habeas corpus impetrado pela defesa do empresário Jhonatan Galbiatti Mira, de 26 anos, acusado de torturar a ex-namorada.
A prisão havia sido determinada pelo juiz Roger Augusto Bim Donega, da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste, no dia 25 de maio. Após a determinação, a defesa entrou com o habeas corpus.
“(...) Feitas essas considerações, indefiro a liminar vindicada.(...)”, consta na movimentação do processo. A íntegra da decisão ainda não foi publicada. Jhonatan Galbiatti permanece foragido. Agora a defesa aguarda o julgamento de mérito.
A suposta sessão de tortura ocorreu no dia 19 de maio, na casa dele, e teria durado quatro horas, segundo acusou a namorada.
No pedido de prisão, o Ministério Público Estadual (MPE) informou que a vítima manteve um “relacionamento abusivo” com o acusado por seis anos.
Na ocasião do crime, conforme o MPE, o empresário exigiu que a ex lhe fornecesse a senha de seu aparelho celular. “A medida em que ia verificando as mensagens agredia fisicamente a vítima com socos e tapas. O registro fotográfico juntado aos autos dá a noção da extensão e gravidade da violência experimentada pela vítima na noite dos fatos, que vivenciou uma verdadeira sessão de tortura”, diz trecho do pedido.
A Polícia Civil de Primavera do Leste segue fazendo buscas para tentar localizar o empresário e cumprir o mandado de prisão.
A delegada Anamaria Machado está responsável pela investigação do caso.