Três pessoas da mesma família – mãe, tia e primo da namorada do Renan Eidt, conhecido como “DJ Dudinha” – foram alvos de mandados de prisão, nesta manhã, em uma operação da Polícia Judiciária Civil (PJC) que apura a morte do DJ, assassinado em junho deste ano. Um quarto mandado de prisão foi expedido em desfavor de um membro de uma facção criminosa, que está detido no Centro de Ressocialização de Sorriso (CRS).

De acordo com o investigador William Krisman, não há confirmação de que a mãe e a tia da namorada do DJ tenham sido as mandantes do crime, mas há áudios que apontam que supostamente elas tinham conhecimento de que o jovem seria assassinado. Os celulares das duas mulheres, identificadas como Adailza Cordeiro Vieira e Maria Eliegila da Silva Oliveira, foram apreendidos nesta manhã. Elas estão presas temporariamente, por 5 dias.

Já o primo da namorada do DJ, apontado como um dos que matou a vítima, está foragido. Segundo a PJC, há áudios que apontam que o suspeito teria sido chamado pela mãe dele e pela tia para dar uma “lição no DJ”. Ele também é apontado como o mandante do homicídio de João Gabriel Araújo de Lima, 18 anos, assassinado em agosto de 2018. Saiba mais aqui.

Além dos mandados de prisão em desfavor da mãe, tia e primo da namorada do DJ Dudinha, outro mandado foi expedido em desfavor de um homem que está preso no CRS. Ele supostamente teria dado o aval para que o DJ fosse assassinado, segundo a polícia.

“Durante cinco dias, Adailza Vieira e Maria Eliegila ficaram detidas para que seja checada a participação delas no crime”, informou o investigador. Segundo ele, não há informações de que a namorada do DJ soubesse que ele seria assassinado. “Mas ela foi coagida sobre o que falar na delegacia”, disse.

Suposta motivação

O investigador ainda informou que havia uma rixa entre a família da namorada do DJ com ele. Isso porque o Dudinha teria ameaçado o irmão da namorada dele após ele supostamente ter furtado produtos do seu estabelecimento.

Duas semanas antes do homicídio, o DJ teria queimado a namorada com carvão de narguilé na casa da sogra.

Investigações seguem

Quanto aos dois supostos executores do crime, segundo a polícia, dois morreram após o assassinado do Dudinha. Emerson dos Santos Madeira, de 24 anos, conhecido com Lambe Sal, foi assassinado a tiros, no bairro Industrial, no dia 29 de junho, e Lucas Vinícius da Costa, 25 anos, conhecido como Tomate, morreu a tiros na zona leste no dia 8 de julho.

“Dos três executores, dois estão mortos, o Lambe Sal e o Tomate, e um está foragido, que é o primo da namorada do DJ. Há uma possível retaliação pela morte do Dudinha, mas as investigações em seguem em andamento”.