A classe de enfermagem em Sorriso também aderiu, ontem, as manifestações após a justiça suspender os efeitos da lei do piso salarial da enfermagem. Os profissionais protestaram próximo da área verde, na rua Luiz Amadeu Lodo, na região central. A lei que criou o piso salarial estabeleceu a remuneração de R$ 4.750 para os enfermeiros, mas também para técnicos de enfermagem, que devem receber ao menos 70% desse valor, e auxiliares de enfermagem e parteiras (50%). 

“Há muito tempo a gente vem nessa luta, com muito trabalho e pouca valorização. Somos poucos reconhecidos. Depois que foi aprovado o piso salarial que ia melhorar financeiramente nossa situação, fomos tirados de volta. Hoje reunimos para reivindicar”, disse o enfermeiro Antonio Luiz. 

“Acabamos de sair do plantão. Deixamos pais, irmãos e filhos para vir cuidar dos outros, com responsabilidade e carinho. Se eu falar para você que hoje eu não gosto disso, apesar da pouca valorização, estou mentindo, pois eu gosto. Mas eu quero ser reconhecido e remunerado justamente de acordo com nosso trabalho”, destacou o profissional. 

O ministro do STF Luís Roberto Barroso suspendeu ontem a lei que criou o piso nacional de enfermagem e deu prazo de 60 dias para que Estados, municípios e o governo federal informem os impactos que o texto traz para a situação financeira de cidades e estados, a empregabilidade dos enfermeiros e a qualidade do serviço de saúde. 

Só Notícias/Kelvin Ramirez com Lucas Torres, de Sorriso (foto: divulgação)