Saúde

Saúde contesta metodologia e ainda não confirma 1º caso da variante Delta em MT

A Superintêndencia de Vigilância em Saúde e o Laboratório Central do Estado (Lacen) afirmaram que o exame que atestou o primeiro caso da variante delta da Covid-19 em Mato Grosso não utilizou a metodologia preconizada pelo Ministério da Saúde. Por isso, não há como reconhecer oficialmente o caso.

O caso foi reportado pelo Laboratório Inac, de Cuiabá, que informou ter identificado a variante - que é mais transmissível que as outras - em uma adolescente de 15 anos.

De acordo com o órgão, não é possível reconhecer o teste porque não foi feito o sequenciamento genético do vírus, que é o método aceito pelo Ministério da Saúde. 

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) aguarda o envio da amostra colhida pelo Inac para realização do sequenciamento. 

Somente após a utilização da metodologia pelo laboratório referência do Ministério da Saúde é que o caso poderá ser confirmado ou descartado.

O Inac informou que uma adolescente de 15 anos, que testou positivo para Covid-19 duas vezes entre março e julho deste ano, estaria contaminada com a variante Delta, descrita incialmente na Índia.

Em 20 de julho, a médica dela pediu que o laboratório realizasse um novo exame PCR, para detecção da doença, que também foi positivo.

O caso, então, passou a ser tratado como uma possível reinfecção já que o resultado se repetiu em um curto período de tempo. 

A médica da adolescente decidiu pedir um teste de identificação das variantes, que comprovou que a menina foi contaminada com a variante Delta. 

Mais transmissível

A principal preocupação sobre a Delta é que ela é uma mutação que se dissemina mais rapidamente entre as pessoas, aumentando infecções e internações entre não vacinados.

Ela é classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das "variantes preocupantes", por terem possibilidade de gerar reinfecção naqueles que já tiveram Covid-19 ou de, possivelmente, escapar da cobertura vacinal em quem tomou apenas a primeira dose. 

No Brasil, essa mutação já foi registrada 169 vezes.