Agronegócios

Saca da soja é comercializada à R$ 172,00 em MT

Os preços da soja apresentaram valorização nas principais praças do país na semana que passou. Com a melhora nos referenciais, a comercialização ganhou ritmo, ainda que este tenha sido moderado. Os ganhos nos contratos futuros em Chicago suplantaram a queda do dólar e sustentaram as cotações domésticas.

A saca de 60 quilos subiu de R$ 183,50 para R$ 185,00 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço avançou de R$ 180,00 para R$ 183,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação aumentou de R$ 171,00 para R$ 172,00.

No porto de Paranaguá, a cotação seguiu estabilizada na casa de R$ 189,50. Os prêmios de exportação tiveram uma semana de firmeza. A demanda chinesa garantiu a alta e o registro de operações tanto para embarques mais próximos como mais distantes.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro tiveram valorização de 1,96% na semana, encerrando a quinta-feira a US$ 14,32 ¼ por bushel. O clima seco e quente no cinturão produtor dos Estados Unidos traz preocupação em torno do potencial produtivo da safra americana.

A tradicional “crop tour” da Pro Farmer ocorreu na semana passada e, até o momento, os sinais são díspares. Mas o sentimento que predomina é de que os rendimentos não serão tão bons como os esperados anteriormente.

O período também foi marcado pela confusa divulgação dos embarques semanais norte-americanos, justamente em um período de boas vendas, principalmente para a China.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês)) tirou do ar e deve retratar os dados relativos às exportações semanais do país. Em nota, o órgão disse que o Serviço Agrícola Externo (FAS, na sigla em inglês) encontrou desafios que afetaram a disseminação física, bem como a qualidade das informações.

Na quinta, o Departamento lançou um novo “Sistema de Manutenção e Reporte de Exportações”, através do qual os exportadores estadunidenses devem, por lei, reportar quaisquer vendas externas de uma série de commodities. Conforme a nota, os problemas de hoje aconteceram apesar de medidas tomadas ao longo de vários meses para a troca dos sistemas, visando garantir a precisão dos dados.

“A diretoria do FAS reconhece integralmente o impacto e está comprometida com a resolução dos problemas, mantendo os acionistas informados durante o processo. Integridade dos dados, credibilidade e transparência são prioridades para o FAS e a divulgação pontual e precisa dos dados de exportações agrícolas são vitais para o funcionamento efetivo dos mercados”, disse a nota.


Autor: Agência Safras