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Política do fim do mundo” diz Assis sobre descriminalização das drogas defendida por ministro de Lula

O deputado federal Coronel Assis (União-MT) contestou a declaração do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, que defende a descriminalização das drogas como forma de diminuir “a pressão sobre o sistema carcerário brasileiro”. Em discurso na sessão realizada na Câmara Federal nesta quinta-feira (9), Assis repudiou a declaração e negou, a partir da sua experiência de 28 anos como policial militar, que tornar as drogas legais possam trazer algum benefício à sociedade.

“Isso é inacreditável, parece que estamos vivendo a política do fim do mundo. Porque a partir do momento que nós descriminalizarmos as drogas, para diminuirmos a população carcerária, nós na verdade estaremos encarcerando o cidadão de bem. Além de aumentarmos o número de furto, de roubo, homicídio e de todos os crimes que assolam a sociedade brasileira”, declarou o parlamentar.

Coronel Assis defendeu que os parlamentares têm o dever de trabalhar por políticas públicas para promover a prevenção e o combate às drogas e de políticas voltadas para o tratamento dos dependentes químicos.

“Trabalhei como policial militar por muito tempo na fronteira do Brasil com a Bolívia, e eu sei o mal que a droga promove dentro da sociedade e para as famílias brasileiras”, reforçou o deputado que atuou como oficial de operação do Grupo Especial de Fronteira da Polícia Militar de Mato Grosso (Gefron), entre 2007 e 2010 e depois como comandante do grupo entre 2015 e 2017.

A declaração do ministro Silvio Almeida aconteceu em entrevista para a BBC News Brasil, na qual ele disse ser favorável à descriminalização das drogas como forma de reduzir o número de presos no Brasil. Segundo dados mais recentes do Ministério da Justiça existem 837 mil pessoas encarceradas no país.