Polícia

Policiais suspeitos de balear mulher no rosto vão a júri popular nesta quinta

Os policiais militares Ezio Souza Dias e Weberth Batista Ribeiro serão submetidos a júri popular na Comarca de Sorriso, às 8h desta quinta-feira (1°), por dupla tentativa de homicídio. As vítimas são Elisangela Moraes, que foi baleada no rosto e sofreu graves ferimentos, e do namorado dela, Osvaldo Pereira Gomes Neto.  

Ao Portal Sorriso, o advogado de acusação Jiuvani Leal informou que o júri será complexo e nele serão ouvidas diversas testemunhas. "Nós estamos na assistência da acusação, representando a vítima, a senhora Elisângela. Sobre os réus, um tem advogado particular o outro é assistido pela Defensoria Pública. O júri tem previsão de no mínimo um dia e meio a dois para que seja concluído".  

Na noite do dia 17 de janeiro de 2020, os dois PMs foram flagrados por câmera de monitoramento de segurança, na avenida Tangará, efetuando disparos de arma de fogo contra Elisangela e o namorado em um ponto de ônibus. "Este é um caso de grande repercussão e a assistência da acusação vai em busca da Justiça para que o conselho de sentença reconheça que os réus, de fato, praticaram do duplo homicídio na forma tentada e que sejam condenados, que seja uma reprimenda condizente com a gravidade do delito praticado". 

De acordo com o Ministério Público, no âmbito criminal, os policiais vão responder pelos crimes de tentativa de homicídio praticado por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e com a utilização de meio cruel. 

Já na esfera cível, o MP reque o afastamento dos dois da função de policial militar e, ao final da ação, a condenação por ato de improbidade administrativa. “As imagens do circuito interno de segurança obtidas pela Polícia Civil indicam que os increpados se aproximaram das vítimas, que estavam sentadas, bem como encostadas numa parede, literalmente encurraladas, dificultando suas defesas, quando desfecharam o primeiro disparo de arma de fogo em direção a elas, simplesmente por que estavam em seu caminho”, diz um trecho da denúncia do MP.