Saúde

MT tem 45% de UTIs ocupadas e secretário diz que faltarão leitos

Foto: Mídia News

O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo demonstrou preocupação com o rápido crescimento da taxa de ocupação dos leitos para pacientes da Covid-19 (novo coronavírus) em Mato Grosso e disse que, em breve, o Estado sofrerá com a falta de vagas.

A principal apreensão é relativa as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). No boletim divulgado pela Saúde no último domingo (7), a taxa de ocupação nessas unidades estava em 45,6%. No sábado (6), era 36,3%.

Em entrevista à Rádio Mega FM, na manhã de segunda-feira (8), o secretário disse que já não é possível manter o discurso de dias atrás, quando se falava que Mato Grosso tinha uma situação confortável quando comparado a outros Estados.

“Não dá para esconder que aqui em Mato Grosso ainda teremos dias difíceis. Tínhamos uma taxa de ocupação baixa, mas esse conforto não existe mais. A epidemia, nesse momento, cresce numa velocidade muito grande”, disse Gilberto.

“O número de pessoas necessitando de uma unidade hospitalar é muito grande, nesse momento, e vai faltar leitos. E, aí, faltando leitos, há uma agonia maior da população”, emendou o secretário.

Pandemia banalizada 

Gilberto afirmou que, somado ao rápido crescimento na taxa de ocupação hospitalar, há o comportamento irresponsável das pessoas.

Segundo ele, ainda há uma parcela grande da população “banalizando” a epidemia, que já matou mais de 100 pessoas em Mato Grosso.

“A continuar o ritmo de crescimento da infecção no Estado, a continuar as medidas não farmacológicas, não sendo tão efetivamente implementadas pela população em geral, não estamos muito longe de ter um colapso na rede hospitalar. Em especial nesse item que é o principal, o mais importante de todos, que são os leitos de UTIs”, disse.

“Muitas pessoas ainda estão banalizando a doença, achando que não serão afetadas. Ainda é menos doloroso, menos custoso que a população atenda ao apelo de ficar em casa, evitar aglomeração e usar máscara”, completou.

Texto: Camila Ribeiro/Mídia News