Política

Mauro diz que prefeito que não cumprir decreto contra festas pode ser responsabilizado

Foto: Olhar Direto

O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que, com os hospitais com taxa de ocupação de 70% em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), o decreto restringindo festas e eventos sociais foi necessário. Segundo ele, os prefeitos têm suas prerrogativas, mas os que se omitirem poderão ser responsabilizados.

Na última segunda-feira (19), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse que o novo decreto do governo tem caráter meramente orientativo e que, por enquanto, não seria seguido pela Capital, mesmo que nele conste que as normas seriam obrigatórias. Segundo o prefeito, esta decisão é do gestor municipal.

Dentre as medidas impostas estão a proibição de eventos sociais, festas, shows, atividades em casas noturnas e confraternizações com mais de 100 pessoas em espaços privados ou públicos.

“Qualquer prefeito deve responder pelos seus atos. Ele tem as suas prerrogativas, a responsabilidade para cuidar da saúde pública é concorrente, ela é da união, é do Estado, é dos municípios. Se houver alguma omissão de alguns desses entes ele pode ser responsabilizado. O que o Governo de Mato Grosso está fazendo é não se omitir diante das suas responsabilidades”, rebateu Mauro nesta terça-feira (19).

Para Mendes, o decreto foi necessário diante da situação da pandemia em Mato Grosso. “Nós temos que aplicar o único remédio disponível hoje e comprovadamente eficaz que é o distanciamento, as medidas não farmacológicas que todo mundo conhece. Por isso o governo reedita o decreto, passa novas orientações, chama à responsabilidade todos os atores do poder público", declarou.

"Vamos fazer a nossa parte, não vamos ser omissos diante de uma tendência de crescimento que pode levar inclusive ao estrangulamento. Por enquanto nós estamos com as UTIs na taxa de ocupação de 70% na média do estado, alguns hospitais mais e outros menos, mas isso nos obriga a mudar um pouco o perfil de comportamento. Não dá para agir, nem governos, nem prefeituras e muito menos o cidadão, como se nada estivesse acontecendo”, finalizou.

Texto: Isabela Mercuri/Olhar Direto