Ramira Gomes da Silva, de 22 anos, que foi presa nesta terça-feira, em Rondônia, alega que enterrou o filho após se desesperar com a morte dele, que teria ocorrido, segundo ela, “por causas naturais”. A suspeita é mãe do pequeno Brian, de 5 meses, que foi enterrado no quintal de uma casa, situada na rua Itajaí, no bairro Benjamin Raiser, em Sorriso.
Em entrevista exclusiva ao Balanço Geral, programa da TV Sorriso, o delegado Iury de Medeiros Brasileiro disse que a mulher apresentou duas versões distintas para o caso no interrogatório.
Ramira foi achada quando estava em um barco que partiria amanhã para Manaus. Na oitiva, segundo o delegado, a mulher disse que não estaria em casa no momento da morte de Brian. Por último, sustentou a versão de que a criança "faleceu de morte natural" enquanto ela dormia.
Declarou, ainda, que ao se deparar com a cena, se desesperou e enterrou o corpo porque ninguém acreditaria na versão dela. "Ela se mostrou bastante fria. E não faz muito sentido a fala dela, pois ela deveria ter chamado a polícia e esclarecido o caso. Não faz sentido ela fugir do local dos fatos”.
Sobre a viagem, Ramira ainda argumentou que já tinha passagem comprada desde o último dia 11, e que, inclusive, levaria o filho para o Manaus. Ela também declarou que a criança foi enterrada sem mutilações, e que a morte teria ocorrido no último dia 13 de maio, quando enterrou a criança pela manhã.
O delegado José Getúlio Daniel, da delegacia de Sorriso, responsável pelas investigações, disse que as diligências seguem em andamento para identificar o método de violência que levou a criança a óbito.
A expectativa é que nesta quarta-feira (20) os policiais civis irão para Porto Velho para trazerem a suspeita para Sorriso.