Polícia

Homem planejou matar médica porque não concordava com pedido de documentos

O homem que assassinou a agente de saúde Regy Rouse de Oliveira, 51, e esfaqueou a médica grávida de 4 meses Jaqueline Matos da Croce, 31, planejou o ataque de forma consciente. Segundo a Polícia Civil, o motivo do crime contra a médica foi a exigência de documentos para a retirada de remédios. 

 

Ele foi preso em flagrante e indiciado pelos crimes de homicídio doloso qualificado e tentativa de homicídio. O suspeito frequentava a unidade de saúde para pegar medicação.

 

Em seu interrogatório, o homem contou à polícia que arquitetou matar Jaqueline devido à exigência de documentos por parte da médica para fazer a liberação dos medicamentos.

 

“Por conta disso, ele, com consciência, planejou ir até aquela unidade de saúde para poder ceifar a vida da médica”, disse o delegado Honório Neto, da delegacia de Primavera do Leste.

 

O homem entrou na sala da médica e a esfaqueou. Ele revelou à polícia que esperou a profissional finalizar um atendimento para entrar no consultório e ficar sozinho com ela. O suspeito contou que ainda conversou com Jaqueline e pensou em desistir do plano, mas seguiu adiante, disse o delegado. Os golpes atingiram a barriga da vítima.

 

Nesse momento, a agente de saúde Regy Rouse de Oliveira interveio e também foi atingida com golpes de faca no tórax. Ela morreu ao dar entrada em um hospital da cidade.

 

Em um vídeo gravado por ele mesmo, o homem afirmou que “fez justiça” no seu julgamento. A investigação foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Primavera do Leste e o inquérito deve ser concluído em 3 dias.

 

Em nota, o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) prestou condolências à família e amigos de Regy Rouse e enviou energias e pensamentos positivos para que a médica Jaqueline se recupere o mais breve possível.

 

Em outro trecho, a entidade afirma que a agente e a médica foram vítimas de um “sistema em que os profissionais estão expostos a riscos diários no exercício de suas atividades''.

 

“Os trabalhadores que atuam na saúde atendem as pessoas em seus momentos de mais vulnerabilidade e estresse e, muitas vezes, sofrem com a violência dentro dos postos de trabalho, não só nos casos de doenças mentais, mas também por parte de pessoas que ultrapassam os limites do respeito e da educação”, disse o Coren.

 

A médica está internada em estado grave em um hospital da cidade.