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Especialista alerta para o risco de incidência de pragas no algodão

O aparecimento de nematóides, espécie de vermes microscópicos, em lavouras de soja no Mato Grosso e no oeste da Bahia, provocando perdas de 100%, acenderam o sinal de alerta para o risco de incidência também no algodão, pois os dois estados estão entre os maiores produtores brasileiros de algodão. “O produtor de algodão deve ficar atento caso detecte em sua área de soja plantas que não morreram na dessecação, não deram vagens ou foi formado um grão muito grande nessa vagem”, orienta o engenheiro agrônomo e Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Satis, Aedyl Nacib Lauar. Essas ocorrências são sintomas da existência desses nematóides e se houver o plantio posterior de algodão na mesma área ou em rotação com a soja, pode contaminar a lavoura.

Com sede em Araxá (MG), a Satis é especialista em nutrição vegetal e o engenheiro agrônomo destaca que é necessário um combate sistemático porque esses ataques costumam ser muito danosos. A indicação é de que, quando possível, seja feito um mix de plantas de cobertura, tratando essas plantas com manejo biológico com o uso de produtos com microrganismos específicos para reequilíbrio desses ambientes contra nematóides.

O especialista também orienta a adoção de manejo químico complementando com uso de Fulland associado à Abamectina (princípio ativo), fertilizante desenvolvido pela Satis com nutrientes que estimulam a produção de substâncias de autodefesa, sendo indicado para várias fases de desenvolvimento da planta. A recomendação é de quatro a cinco aplicações durante o ciclo de desenvolvimento e revolvimento do solo para maior exposição aos raios solares.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa é de que a safra de algodão 2023 ocupe uma área de 1,6 milhão de hectares com produção prevista de 2,9 milhões de toneladas de pluma.