Política

Deputado: PSB buscará aliança de centro-esquerda para disputa

Primeiro secretário da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Max Russi | Foto: Mídia News

DOUGLAS TRIELLI 
DA REDAÇÃO

Pré-candidato ao Senado na eleição suplementar que deverá ocorrer em abril, o deputado estadual Max Russi (PSB) afirmou que buscará uma aliança de centro-esquerda para viabilizar sua candidatura à vaga aberta após a cassação do mandato de Selma Arruda (Podemos).

Para tanto, os líderes do PSB mantêm diálogos com PV, Rede e PDT. Este último, entretanto, deve lançar a candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta.

“Não é uma eleição fácil. E precisa, sim, ter apoio político. Você precisa ter um grupo. Existem várias discussões acontecendo. Estamos fazendo uma discussão aqui, que também ocorre em nível nacional, do PSB, PV, Rede e PDT e trabalhando outro caminho que não seja o  ‘nós e eles’”, disse o deputado.

“Então, nem tanto a esquerda radial ou a direita radical. Mas, sim, construir uma centro-esquerda, um projeto diferente para o País. Temos tido uma conversa com o PV, mas não deixamos de conversar com outros, como o prefeito Emanuel Pinheiro e o senador Jaime Campos. Está tendo muita conversa neste início”, acrescentou.

Segundo Max, o diretório nacional do PSB já deliberou para que a sigla em Mato Grosso entre na disputa, por conta da importância do cargo.

“Temos discutido bastante. Fomos convidados para algumas reuniões com outros partidos. A Direção Nacional do PSB tem interesse que aqui em Mato Grosso tenhamos candidato ao Senado. A gente deve definir isso nos próximos dias”, explicou.

Bagagem política

Max se disse preparado para entrar na disputa. Afirmou ter uma bagagem política que o coloca a altura dos eventuais adversários que já mostraram interesse na vaga.

“Eu teria orgulho de ser senador do meu Estado. Já fui vereador, prefeito por dois mandatos, chefe da Casa Civil do Estado, secretário estadual de Assistência Social. Estou no meu segundo mandato como deputado”, enumerou.

“Então, teoricamente, tenho uma bagagem que me dá condições de ser um bom senador por Mato Grosso e defender bem os interesses do meu Estado”, completou.

A cassação

Selma e seus suplentes, Gilberto Eglair Possamai e Clérie Fabiana Mendes, foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) em abril deste ano por omitir despesas na ordem de R$ 1,2 milhão durante a pré-campanha e campanha de 2018, o que configura caixa 2 e abuso de poder econômico. 

Os gastos foram identificados na contratação da KGM, empresa de pesquisa eleitoral, e a Genius Publicidade.

Ela recorreu da decisao, mas o Tribunal Superior Eleitoral confirmou a cassação, por 6 votos a 1.

Os ministros também decretaram a inelegibilidade de Selma e seus suplentes por um prazo de oito anos, além da realização de novas eleições em Mato Grosso.