Polícia

Crianças matam garoto de 5 anos; Eles amarraram menino com fio e o jogaram na represa

Um relatório da Polícia Militar de Marabá, no sudeste do Pará, aponta que houve uma discussão durante brincadeira com bolinha de gude antes de Júlio Henrique, de 5 anos, ser agredido e jogado sem roupas em uma área alagada na zona rural da cidade.

A suspeita é que duas crianças e um adolescente estejam envolvidos na morte. Segundo a Polícia Militar, os três menores relataram que, após agredirem a vítima, teriam o arremessado dentro da água após o desentendimento enquanto brincavam.

A motivação da violência e as circunstâncias da morte são apuradas pelas autoridades sob sigilo.

O menino não sabia nadar e a suspeita é que tenha morrido afogado. O sepultamento dele ocorre nesta sexta-feira (18).

Júlio Henrique desapareceu na quarta-feira (16) na vila Capistraneo de Abreu, zona rural da cidade, e o corpo foi encontrado no dia seguinte. O caso foi registrado como ato infracional análogo a homicídio.

A PM informou ainda que, logo após ter sido encontrado, o corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) onde foi feita necropsia com verificação de indicativos de tortura, e também exame sexológico forense. Os laudos são aguardados pela Polícia Civil, que investiga o caso.

A suspeita da família é que Henrique tinha medo de um dos garotos, segundo Gisela Barbosa, tia da vítima. Ela diz que a família está "desolada".

"Ele era uma criança simpática, brincalhona, muito apegado à mãe, não saía de perto dela. A gente não esperava perder ele tão pequeno, tão novinho, e da forma brutal como foi feito", diz a tia.

Entenda o caso

O menino Júlio Henrique Brito Miranda desapareceu na quarta-feira (16), após sair para brincar com colegas na localidade de Vila Capistrano, distante cerca de 150 quilômetros do centro de Marabá.

Segundo a polícia, três garotos de 9, 11 e 13 anos confessaram que teriam batido na criança menor, tirado a roupa dela e a jogado na água após um desentendimento entre eles.

Como a vítima foi encontrada nua, o corpo deve passar por exames sexológicos, segundo a polícia. Os menores suspeitos de envolvimento na morte negam que tenha havido violência sexual.

Os dois meninos de 9 e 11 anos foram levados ao Conselho Tutelar, que acompanha o caso. Já o adolescente de 13 anos foi apreendido por infração análoga a assassinato. O conselho tutelar e a polícia não revelaram outros detalhes sobre o caso.