Agronegócios

Coronavírus aviário: motivo de dúvida nos EUA, agente de pesquisa promissora no Brasil

Em artigo para o The Poultry Site, o médico veterinário Philip A. Stayer, técnico da Sanderson Farms (sede em Laurel, Mississípi, EUA), aborda o surgimento de uma nova variante do vírus da bronquite infecciosa (VBI – ou IBV, na sigla em inglês): o DMV 1639, assim batizado por ter sido identificado em granjas de frango e de reprodutoras pesadas da península de Delmarva.

Nas palavras de Stayer, por enquanto há mais perguntas do que respostas sobre o DMV 1639. No entanto prevê que, “como em outras doenças, nós veterinários de aves aprenderemos mais sobre o DMV 1639 muito antes de nossos colegas médicos entenderem o Covid-19”.

Clique aqui para acessar, no The Poultry Site, a íntegra da fala de Stayer e obter mais detalhes acerca dos sintomas e efeitos sobre a produtividade em matrizes e frangos de corte do DMV 1639.

Não foi dito mas, na realidade, o VBI não é um vírus, mas – triste coincidência – um coronavírus. Que embora exclusivo das aves (ou seja, não transmissível ao homem ou a outras espécies animais) é muito similar ao da Covid-19. E tal similaridade – feliz coincidência – permitiu que aqui no Brasil fosse escolhido como o agente principal para uma pesquisa visando conter a disseminação do vírus da Covid-19.

A pesquisa – ainda em desenvolvimento, mas bastante promissora – envolve três unidades da Embrapa (Suínos e Aves, de Concórdia, SC; Pecuária Sudeste; e Instrumentação, ambas de São Carlos, SP) e conta com o apoio da Fiocruz (Rio de Janeiro, RJ), do Instituto de Zootecnia (Nova Odessa, SP) e de uma aluna de doutorado do Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo.

O que se buscou nessa pesquisa foi um produto similar ou mais eficiente que o hoje universal álcool em gel. E o que se descobriu é que um simples preparado à base de detergente e óleo de soja se revelou bastante promissor na formação de uma película antiviral para mãos e superfícies inanimadas.

A pesquisa prossegue, pois resta saber se esse achado se aplica integralmente ao vírus da Covid-19. Porque os resultados até agora obtidos tiveram como base o coronavírus aviário. No caso, uma cepa vacinal de coronavírus aviário ACoV mantida pela Embrapa Suínos e Aves na Coleção de Microrganismos de Interesse para Avicultura e Suinocultura (CMISEA).

Clique aqui para conhecer, em matéria elaborada pela Embrapa, detalhes dessa pesquisa ainda em andamento.

Fonte: AviSite