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Cientista americano destaca queda no desmatamento ilegal em MT; “mais de 1 bilhão de toneladas de carbono a menos”

O doutor em Ecologia e presidente do Earth Innovation Institute, Daniel Nepstad, expôs hoje, na COP 27, no Egito, os bons resultados obtidos pelo governo de Mato Grosso na redução do desmatamento ilegal, nos últimos anos e afirmou que o Estado tem feito sua parte e, nesse ritmo, conseguirá atingir a meta de neutralizar as emissões de carbono até 2035.

“Mato Grosso saiu do patamar de 8 mil km² de desmatamento ilegal por ano para menos de 1 mil km². O total da contribuição mato-grossense tem sido de 1 bilhão de toneladas de carbono que não entrou na atmosfera pela redução de desmatamento”, disse ele, que também é co-fundador do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia”, apontou o americano.

A redução do desmatamento ilegal faz parte do conjunto de 12 estratégias para neutralizar as emissões de carbono até 2035 em Mato Grosso, via programa Carbono Neutro MT, lançado ano passado.

O governador Mauro Mendes explicou que as ações para zerar o carbono até 2035 são muito mais ousadas que as metas dos países ricos. “Não temos no nosso país a cultura de planejamento a tão longo prazo, por isso encurtamos a meta de carbono zero até 2035 e estabelecemos um planejamento de curto prazo. É um trabalho em parceria, e a grande maioria dos produtores compreende isso e está nos ajudando a construir os resultados”, relatou.

Para a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, a meta é possível porque trata de medidas que já estão em andamento desde o início da gestão, em 2019, acrescentando que Mato Grosso tem 62% do território preservado, o que equivale à Nova Zelândia, Dinamarca e Reino Unido juntos.

“Por que Mato Grosso pode fazer diferente se a meta dos países desenvolvidos é 2050? Porque Mato Grosso já faz diferente. As 12 ações prioritárias do programa estão estruturadas em ações que já acontecem. Ao longo dos próximos anos essas ações serão revistas, renovadas. Tivemos 85% de redução de desmatamento ilegal nos últimos 20 anos. Essa política de tolerância zero ao crime continua com a fiscalização, repressão, desaparelhamento e punição a quem transgride a lei”, completou.

A informação é da secretaria estadual de Comunicação.

Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)