Agronegócios

Boi sobe e milho cai no Brasil; veja notícias desta sexta-feira

Foto: Canal Rural
  • Boi: indicador do Cepea sobe para R$ 299,70 por arroba
  • Milho: pressão da oferta continua gerando preços mais fracos no Brasil
  • Soja: mercado travado novamente com Chicago e dólar em direções opostas
  • Café: saca volta a avançar mesmo com queda em Nova York
  • No exterior: bolsas voltam a recuar temendo movimentos especulativos
  • No Brasil: inflação segue na mira dos investidores

Agenda:

  • Brasil: inflação ao produtor de dezembro (IBGE)
  • Brasil: desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso (Imea)
  • EUA: PCE – índice de preços ao consumidor de dezembro

Boi: indicador do Cepea sobe para R$ 299,70 por arroba

O indicador do boi gordo do Cepea subiu 0,62%, de R$ 297,85 para R$ 299,70 por arroba. Dessa forma, no acumulado do ano, a cotação já avançou 12,18%. Algumas consultorias seguem registrando negócios ao redor de R$ 300 por arroba, sobretudo com os animais destinados ao mercado externo.

No mercado futuro, os contratos de boi gordo negociados na B3 caíram pelo terceiro dia consecutivo. O vencimento para janeiro passou de R$ 296,75 para R$ 296,50 e para fevereiro passou de R$ 294,2 para R$ 291,60 por arroba.

Milho: pressão da oferta continua gerando preços mais fracos no Brasil

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços do milho voltaram a apresentar fraqueza em virtude de um maior volume de ofertas pressionando as cotações. Sendo que esse movimento tem impactado de maneira especial o mercado paulista. Segundo o levantamento diário de preços da consultoria, em Campinas (SP), a cotação ficou em R$ 82/84 por saca. No início da semana, a saca era negociada entre R$ 86,50/87.

Na B3, os contratos futuros de milho tiveram leve recuperação das quedas dos últimos dias e podem sinalizar para um limite das baixas no mercado físico. O vencimento para março passou de R$ 83,90 para R$ 84,41.

Soja: mercado travado novamente com Chicago e dólar em direções opostas

O mercado brasileiro de soja ficou travado novamente com movimentos opostos da oleaginosa em Chicago e do dólar no Brasil. Enquanto na bolsa norte-americana as cotações interromperam a recuperação e caíram, o dólar voltou a se valorizar em relação ao real. Dessa forma, os compradores e os vendedores se afastam dos negócios esperando uma direção mais definida dos preços.

Nesse contexto, o indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), segue estável no intervalo entre R$ 169 e R$ 171 por saca. Já são quase 20 dias variando neste patamar.

Café: saca volta a avançar mesmo com queda em Nova York

O indicador do café arábica do Cepea voltou a subir mesmo em um dia de baixas cotações em Nova York. A saca valorizou de R$ 658,68 para R$ 662,22, uma alta diária de 0,54%. Dessa forma, uma nova máxima histórica nominal foi observada para a série. No acumulado do ano, os preços já avançaram 9,2%.

O câmbio tem ajudado as cotações do café com o dólar se valorizando em relação ao real. A moeda norte-americana subiu 0,53% e passou de R$ 5,4071 para R$ 5,4357. Ainda assim, o mercado monitora atentamente a dinâmica da pandemia para não ter surpresas em relação à demanda.

No exterior: bolsas voltam a recuar temendo movimentos especulativos

As bolsas globais abrem o último dia de negócios da semana registrando quedas com temores em relação a movimentos especulativos de pequenos investidores. Na quinta-feira, 28, o mercado norte-americano chegou a se recuperar um pouco com notícias de que algumas corretoras estavam impedindo as negociações de ações alvos de compras coordenadas por investidores individuais.

Ainda assim, os papéis visados por este grupo organizado de investidores não sofreram grandes quedas e continuam pressionando grandes fundos de investimento que tinham “apostado” na baixa destas ações. Há bastante incerteza em relação à melhor maneira de se resolver esta situação, pois uma maior regulação pode ter seu lado negativo. Há um temor também de que a origem do problema seja o excesso de liquidez dado pelos Bancos Centrais.

No Brasil: inflação segue na mira dos investidores

A inflação segue como principal destaque da agenda econômica e na mira dos investidores que acompanham o mercado de juros. Nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a inflação ao produtor de dezembro. Na quinta, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o IGP-M de janeiro.

O IGP-M voltou a acelerar em janeiro e subiu 2,58% (de 0,96% em dezembro). Em 12 meses, o índice acumula uma alta de 25,71%. O grande responsável pela forte aceleração foi o minério de ferro que passou de 4,34% para 22,87%. Os preços dessa commodity têm sido pressionados pela recuperação da economia chinesa e no Brasil pelo avanço do dólar em relação ao real.