Agronegócios

Associação comemora aumento de quase 30% em recursos para investimento no Plano Safra

Foto: Cenário MT

O Governo Federal anunciou esta semana o Plano Safra 21/22. Ao todo foram autorizados para o Ministério da Agricultura R$ 251,2 bi, cerca de R$ 14,9 bilhões a mais que o plano anterior. O valor retrata aumento de 6.3%. O Plano Safra contempla pleitos da Aprosoja relacionados ao PCA (Programa de Construção de Armazéns).

Serão destinados R$ 177,78 bilhões ao custeio e comercialização e R$ 73,4 bilhões para investimentos. Os recursos relativos a investimentos tiveram aumento de 29%. O fato foi comemorado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) que participou da construção do planejamento. Por meio de seus representantes, a entidade colaborou com inúmeras propostas. Dentre elas, o direcionamento de recursos para o Programa de Construção de Armazéns (PCA) e a equalização das taxas de juros do crédito agrícola.

Proposições

Na sugestão encaminhada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Aprosoja indicou o aumento de recursos para o PCA para 3 bilhões, à taxa de 5% a.a. Também fez parte das propostas, a destinação de 50% (cinquenta por cento) dos recursos previstos para o PCA, especificamente para estruturas de armazenagem a atenderem pequenas e médias propriedades, construídas individualmente ou através de condomínios de agricultores, exceto armazéns gerais.

O governo anunciou o valor de 4,12 bilhões ao PCA, o que representa acréscimo de 84% em relação ao plano passado, valores suficientes para aumentar em até 5 milhões de toneladas a capacidade instalada, e capazes de implantar cerca de 500 novas unidades de armazenagem. Para armazéns com capacidade de até 6 mil toneladas nas propriedades, a taxa de juros é de 5,5% e para maior capacidade a taxa é de 7% ao ano, com carência de três anos e prazo máximo de 12 anos.

De acordo com o presidente da Aprosoja, Fernando Cadore, a disponibilidade do acesso ao crédito para o pequeno e médio produtor mitigaria a pressão sazonal sobre a infraestrutura logística, além de garantir a disponibilidade interna de produtos agrícolas. “É uma questão de segurança alimentar. O agricultor ganha por ter onde guardar a sua produção e não comercializar de forma tão antecipada, e a sociedade tem alimento disponível sem oscilações de preços nas prateleiras dos mercados”, explicou.