Polícia

Aluno de medicina é preso em MT por pedir vídeos de garotos nus

Um estudante de medicina de 30 anos foi preso suspeito de estupro e distribuição de pornografia envolvendo crianças e adolescentes, em Barra do Garças.

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu o suspeito ontem após cumprir um mandado de prisão preventiva e busca e apreensão contra o homem. As vítimas, entre 9 e 13 anos, eram abordadas em ambientes virtuais de jogos eletrônicos.

A corporação diz que as investigações se iniciaram em junho do ano passado quando um pai verificou o celular do filho de 12 anos e viu conversas de cunho sexual com uma pessoa.

A interação começou durante jogos online que o filho participava, com o suspeito pedindo fotos por meio de um número de celular registrado em nome de terceiros. Ele também encaminhava vídeos e fotos pornográficas.

Nas conversas, o autor mostrava preferência por garotos de até 13 anos de idade, se passando por criança ou por um "construtor" das cidades dos jogos. Ele convencia os menores a trocar fotos e vídeos sexuais, com a promessa de recompensas no jogo.

De acordo com a corporação, alguns desses diálogos foram feitos por meio de um computador da sede do local em que ele trabalhava, em Barra do Garças. A polícia diz que se tratava de uma casa abandonada, provavelmente usada para estuprar os menores de 18 anos.

Esse imóvel ficava perto da residência do estudante, que fugiu para a Bolívia antes de ser preso em janeiro de 2021. Nesse período, ele estudava medicina no país vizinho e retornou ao Brasil para realizar um procedimento médico.

O investigado foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável e pela troca, disponibilização, transmissão e distribuição de fotografia e vídeo pornográfico envolvendo criança ou adolescente. A polícia trabalha com a possibilidade das imagens dos garotos terem sido negociadas online para compradores da Bolívia e da Bélgica.

Segundo a polícia, o homem agia no Distrito Federal, em Mato Grosso e em Minas Gerais. Os investigadores também suspeitam que ele tenha feito vítimas na Bolívia, onde ele estuda.

A polícia não divulgou o nome do suspeito dos abusos. O UOL não conseguiu confirmar a identidade dele para localizar seus representantes legais, para colher posicionamento de sua defesa.